• PERFIL

isabela o., 19 anos. desconstrução e estranhamento.

• O BLOG

idéias desconexas e falta de coerência.

• POSTS RECENTES

• ARQUIVOS

• LINKS

• Saturday, March 31, 2007

às vezes eu paro para analisar a minha vida e percebo que grande parte das minhas perguntas nunca tem uma resposta. não sei o que sou, nem o que eu quero. na verdade, posso ser definida como um grande (ou não tão grande assim) ponto de interrogação. incrível como meu vocabulário é vastamente povoado por "sei lá", "não sei", "ah..." e coisas do gênero. queria ser mais alguém, mais completa, mais inteira, mais bonita, mais pessoa, mais consistente; menos "ninguém". é um grande vazio. uma molécula de hidrogênio faltando. um pedaço de mim que se perdeu no caminho ou foi esquecido na minha formação. queria carregar sorrisos na carteira e usar óculos com lentes anti-defecação mental. queria... queria só que ninguém morresse e que o céu fosse sempre azul bonito. a única coisa que sei que é que não sei e que não quero muito. só... só um pouquinho. um pouquinho de sorriso, de abraço, de felicidade, de certeza. sei lá, não sei.

por zz; às 8:26 PM • 1 comment(s).

• Monday, March 26, 2007

por zz; às 6:44 PM • 1 comment(s).

• Wednesday, March 21, 2007

a vida é algo tão... frágil e mutável. a mão treme e as palavras somem quando você quer apenas se aproximar e segurar um outro corpo com toda a força do mundo. como se entre você e ele estivesse um abismo e segurá-lo fosse a razão da sua existência. estranho como você se torna tetraplégico perante a responsabilidade de ter que estar lá, se fazendo presente. os movimentos não passam de apenas uma idéia. abrir a boca e omitir algum som, algo tão... terrivelmente difícil. mas... a verdade é que as palavras são totalmente dispensáveis em certas ocasiões e a tremedeira nas mãos passa instantaneamente quando elas se fundem junto a outras. não estranho, até muito certo, a vontade de enterrar a cabeça entre o ombro e a nuca de outro alguém num abraço. sentir o estômago dando voltas e o choro baixinho, abafado pelo tecido da sua blusa. por mais que você esteja lá, querendo transferir aquela dor violenta para si próprio, apenas para não ter que olhar alguém que te faz sorrir constantemente chorando... é... de uma forma cruel... impossível. o choro silencioso se torna inevitável. você se questiona sobre a razão daquilo tudo e só o que vem em resposta é o eco da sua pergunta. só. nada mais. nada...

our last days as children @ explosions in the sky

por zz; às 6:24 PM • 2 comment(s).

• Thursday, March 15, 2007

continua andando, passando por pessoas diferentes como se fossem apenas partes sólidas de um lugar, como um pilar do qual se desvia quando se está a frente. senta e sente o cheiro das folhas caídas sob seus pés. analisa as imperfeições do piso, com olhos fixos, como se fossem a coisa mais interessante de todo o universo. pára e pensa na ausência de sentido para aquele momento, aquela existência, o barulho das pessoas falando juntas, os cheiros, o respirar de cada coisa ali. se questiona sobre a razão pela qual está, é; pela qual todos estão e são. continua encarando o chão e de repente pés coloridos lhe tiram de toda aquela reflexão existencialmente baboseirística. sobre os pés coloridos, um andar desajeitamente alegre e peculiar. sobe os olhos e avista outro ser "encarador de chãos", com um sorriso tímido brincando nos lábios. nasce ali a vontade de dar início a um diálogo, na esperança de poder descobrir nele/a pequenos traços que lhe farão sentir uma felicidade estomacal em grandes doses e posteriormente algo ruim, que futuramente será reciclado e novamente transformado no ato de encarar o chão, procurando por algo pelo qual se apaixonar.



specialist @ interpol

por zz; às 5:23 PM • 1 comment(s).

• Sunday, March 04, 2007

acho que sou uma pessoa em estado de coma constante. costumo observar os acontecimentos do lado de fora. fico sorrindo ou me sentindo triste ao ver as coisas. não enxergo aquilo que aparentemente é importante e estou sempre me apegando a pequenos e insignificantes detalhes, como o jeito com que certa pessoa passa a mão pelo cabelo ou... não sei. a maioria das vezes minha boca fica seca e eu não consigo olhar nos olhos e... fico muda, surda e cega. talvez não cega, mas todo o resto em grande escala. eu vejo do meu jeito, sinto do meu jeito e faço do meu jeito. o que nem sempre é bom aos olhos dos outros; e aos meus também. me privo de certas coisas e sinto falta de não ter feito outras. me sinto idiota, resumidamente falando. gostaria de poder ter a liberdade de pegar na mão de certa(s) pessoa(s), ou beijar-lhe o rosto e sorrir como se tivesse aprontado a maior. às vezes sou tão pequena e desejo apenas poder olhar sem que ninguém me pegue no flagra, me deixe desconcertada ou me faça sentir como se eu fosse a culpada de um crime digno de pena de morte. sei lá. sou incrivelmente idiota e não consigo acreditar na capacidade do ser humano para provocar um buraco enorme em uma camada extremamente grossa que possa causar A PORRA DESSE CALOR DO INFERNO! merda. acho vou dormir... ou não.

por zz; às 6:32 PM • 3 comment(s).